sábado, 21 de julho de 2012

História de superação

Sabrina Casado é uma bailarina que ficou cega por causa dos diabetes aos 25 anos. A história poderia ser muito triste, mas Sabrina não se abalou: “Eu danço melhor hoje do que quando enxergava. Sou só eu e a música”.

Ela faz aulas 2 vezes por semana em uma das salas do Teatro Santa Roza, de João Pessoa, na Paraíba, mesmo lugar onde ela começou a dançar, aos 4 anos de idade. Como muita gente, Sabrina parou de fazer ballet quando teve que prestar vestibular, depois fez faculdade de fisioterapia e ficou 8 anos afastada da dança. Só voltou aos 26, quando já tinha perdido a visão.

Sabrina Casado, bailarina da Paraíba que é deficiente visual (Foto: Inaê Teles/G1)

“Não imaginei que fosse possível voltar a dançar agora sem enxergar. Foi bem diferente e fiquei bastante insegura. Depois que você consegue, diminui a insegurança e você já começa a querer alcançar outras coisas”, relembra a bailarina.“A dança é uma entrega à música e ao público. É como se fosse a própria energia de viver”.

Sabrina tem um grupo de dança, a Companhia Equilíbrio, e em suas aulas, divide o espaço da sala com mais 5 bailarinas que enxergam normalmente. Ela pensou que não fosse acompanhar o ritmo da turma, mas as amigas dizem que Sabrina é quem as guia.


Sabrina Casado, bailarina deficiente visual da Paraíba (Foto: Inaê Teles/G1)


O ballet já era um passo enorme na vida de Sabrina, mas muito ainda estava por vir. Em 2010, ela inscreveu um projeto de dança para concorrer ao incentivo financeiro do Fundo Municipal de Cultura da Prefeitura de João Pessoa e começou a se envolver com questões burocráticas, até participar do desenvolvimento de livros em braile.

Sabrina Casado, bailarina deficiente visual da Paraíba (Foto: Inaê Teles/G1)


Para Sabrina só falta uma coisa para a felicidade ser completa: dançar o espetáculo Quebra Nozes. “Aí eu já posso me aposentar feliz.”

Lição de vida, né? 
 

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